Do ano passado para cá, a situação mudou. Segundo dados da consultoria Cushman & Wakefield, a oferta de imóveis residenciais cresceu 10% entre 2017 e 2018, período que também registrou uma queda significativa em vacância de imóveis corporativos. O número caiu de 24,5% para 21,5% em 2018. Ou seja, o otimismo na retomada de crescimento da economia já aumentou a demanda por imóveis.
Segundo o Secovi, as vendas acumuladas de unidades residenciais entre junho de 2018 e maio de 2019 já chegaram a 32,6 mil, 19,4% a mais que o período anterior. Esse resultado já supera as vendas totais do ano que antecedeu o recorde da última década (2007-2008). Em outras palavras, a hora de comprar é agora.
O cenário econômico brasileiro sugere que a temporada 2019-2020 representa uma oportunidade para os compradores conseguirem negociações favoráveis. Para os inquilinos, é a última chance de obter contratos que o favoreçam, já que a tendência é de alta no valor dos alugueis…
O nicho dos micro-apartamentos (unidades de até 40 m2) permanece aquecido, apesar das promoções vistas em 2018, quando ocorreu uma bolha temporária. Análise do Grupo Zap, especializado em imóveis, calcula que foram lançadas mais de 55 mil unidades desta categoria entre 2013 e 2019.
A economia aquecida tende a levar profissionais (solteiros ou jovens casais sem filhos) para metrópoles. E é justamente nas grandes cidades onde há maior concentração de apartamentos pequenos – sobretudo os de até 28 m². É uma movimentação imobiliária que segue o mesmo rumo de cidades superpopulosas ao redor do mundo.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) sugere que a demanda habitacional no Brasil é de 14 milhões de moradias até 2025. Com a recuperação econômica ainda em estágio de retomada, os preços permanecem convidativos. Em seu relatório econômico, a Cushman & Wakefield prevê que o PIB de 2020 registre crescimento de 3,35% (superior ao previsto de 3,02% para 2019), bem como o aumento de 3,84% no consumo (em 2020) e 4,21% em 2021.
Essas tendências são corroboradas pela queda da taxa Selic (6,5% em 2018), cuja diminuição tem impacto direto na oferta de crédito imobiliário, e a inflação controlada – deve ficar dentro da meta, de 4,25%.
(Fonte: Infomoney)