Durante o processo de avaliação de crédito de uma empresa, o uso de alguns indicadores simples para avaliar se sua empresa tem boas chances de honrar suas obrigações é senso comum entre os analistas. Mas como saber se a sua empresa está adequadamente endividada? É importante que o empresário médio os conheça. Desmistificá-los pode ajudar a entender de que modo sua empresa pode encontrar um endividamento mais saudável. Pretendo também mostrar um ou outro ponto que considero generalizações nos processos de análise. Cabe a ressalva de sempre sobre as generalizações: quase sempre são opções que simplificam as análises, mas que naturalmente deixam particularidades de um outro negócio de lado. Os mais comuns indicadores de endividamento encontrados na literatura são os indicadores de endividamento geral ou EG (Dívida total/Passivo total) e Composição do Endividamento ou CE (Dívida de Curto Prazo/Dívida Total). Analistas de crédito pouco os observam para avaliar sua capacidade de obtenção de empréstimos. Não quero dizer que são descartáveis, mas eu diria que eles apenas ajudam a formar um pano de fundo de sua empresa. Existem muitos outros indicadores que podem auxiliá-lo a obter uma visão analítica mais ampla, mas não vou – em nome da simplificação – exauri-los nesse texto. A rigor, podemos ir mais diretamente ao ponto. Indicadores financeiros menos conectados à sua capacidade de geração de caixa falam muito pouco a um analista externo e a você mesmo sobre sua capacidade de enfrentar passivos onerosos no curto ou longo prazo. Para avaliar a capacidade de pagamento de uma empresa, os olhos costumam se voltar a um grupo mais restrito de indicadores. São indicadores amplamente utilizados no mercado. Portanto, sua empresa será objeto de comparação constante com peers (empresas de mesmo setor) e com alguns padrões pré-estabelecidos e aceitáveis para esses indicadores. Desta maneira, eles funcionam como grandes funis no processo de análise. Avaliá-los recorrentemente e exibi-los em seus relatórios periódicos pode sinalizar boa prática gerencial. FONTE: InfoMoney