Em meio à quarentena e adoção em grande escala do home office, 62% dos profissionais estão mais ansiosos e estressados com o trabalho do que estavam antes. Os dados são de uma pesquisa do LinkedIn com 2 mil profissionais realizada em abril. De acordo com os entrevistados, a falta de interação com os colegas de trabalho também tem sido impactante: 39% deles se sentem solitários, 30% afirmam estarem estressados pela ausência de momentos de descontração no trabalho e 20% sentem-se inseguros por terem dificuldades em saber o que está acontecendo com seus colegas e sua empresa. Por outro lado, 33% dos entrevistados consideram que estão mais produtivos por causa da redução de interrupções relacionadas ao ambiente do escritório. Segundo a pesquisa, não é só a saúde mental que está sendo afetada pelo home office: 43% dos entrevistados dizem estar se exercitando menos e 33% afirmaram que o sono foi afetado negativamente. Em entrevista ao InfoMoney, Milton Beck, diretor-geral do LinkedIn para a América Latina, afirma que a situação atual não reflete um “panorama convencional de home office”: “Estamos diante de um cenário que gera medo e ansiedade, em função da incerteza. Temos as pessoas que moram sozinhas e sentem mais a solidão, e aqueles que estão com a família, que são afetados pelas interferências do ambiente doméstico. Esses aspectos externos e internos podem fazer com que o profissional se sinta mais ansioso, preocupado em dar conta de todas as tarefas do dia”, diz. Para Beck, há uma inversão de percepção em relação ao local de trabalho. Ele acredita em um momento pós-pandemia misto: “As pessoas defensoras do home office estão querendo voltar ao escritório e os adeptos do escritório estão enxergando os benefícios do home office. Por isso, acredito em um meio termo, em que trabalharemos alguns dias no escritório e outros em casa”, afirma o executivo do LinkedIn.
Fonte: Infomoney