Ativos de risco entram em “zona de perigo” nos próximos meses

Investidores talvez sejam muito complacentes com os riscos futuros dos mercados nos próximos dois meses, segundo estrategistas do Morgan Stanley, RBC Capital Markets e Société Générale.

À medida que uma série de catalisadores positivos chega ao fim – incluindo maior clareza sobre a temporada de balanços, um novo fundo de recuperação da União Europeia e a possibilidade de mais estímulos fiscais nos EUA -, o ambiente favorável para ativos de risco deve mudar, disseram estrategistas do Morgan Stanley, sob comando de Andrew Sheets, em relatório na sexta-feira.

A equipe sugeriu que investidores reduzam a exposição à “zona de perigo” de agosto a setembro, quando a sazonalidade piora para ações e crédito, a eleição presidencial dos EUA entra em foco e um período “excepcional” de surpresas econômicas positivas provavelmente desacelere.

“Nos próximos dois meses, catalisadores positivos desaparecem, a sazonalidade piora e surgem riscos a curto prazo”, escreveram. Eles recomendaram que investidores aumentem os saldos de caixa e comprem proteção do índice de swap de crédito no mercado de títulos. A equipe também sugeriu considerar ativos europeus, que têm maior probabilidade de desempenho positivo.

Amy Wu Silverman, estrategista de derivativos da RBC Capital Markets, concorda que os mercados podem se tornar mais voláteis em agosto, pelo menos nos EUA, segundo relatório de 19 de julho. Os riscos incluem estímulo fiscal menos favorável do que o esperado e discussões no Congresso em torno de pacotes de ajuda relacionados ao coronavírus – com risco de que desacordos partidários barrem totalmente a aprovação de outro pacote, disse.

“Agosto pode ser instável”, afirmou. “Acho que a volatilidade a curto prazo vai aumentar.”

Fonte: Infomoney