Gestores de recursos dizem que a renda fixa é a melhor opção para aquela parte das aplicações que é guardada para gastos inesperados. Um exemplo: a pandemia do coronavírus, que afetou a renda de milhões e forçou famílias a recorrer às reservas.
A renda fixa pode render pouco, mas não apresenta o mesmo risco que ações, por exemplo, que podem perder valor de um dia para o outro, e ficar valendo menos justamente no momento em que a pessoa precisa do dinheiro.
“Aqui o objetivo não é rendimento, mas a proteção do patrimônio. Esse é um dinheiro que deve ter liquidez e fácil acesso”, disse a consultora de investimentos da plataforma de investimentos Órama, Sandra Blanco.
A reserva de emergência deve ter entre seis e doze vezes o valor que a pessoa geralmente gasta em um mês com as despesas fixas.
Feita a reserva de emergência, há as aplicações de longo prazo, para serem usadas depois de cinco anos, por exemplo, para pagar a universidade do filho ou para compor a aposentadoria.
Para alguns especialistas, quem já sua reserva de emergência bem composta não precisa deixar dinheiro parado na renda fixa.
“Você está posicionado numa aplicação que rende abaixo de 3% de juros, é muito ruim. Você tem que abrir mão de liquidez e prazo”, afirmou o sócio da plataforma de assessoria financeira Monte Bravo, Rodrigo Franchini. “Aceitar risco não é apenas de volatilidade, mas também de crédito”.
Para ele, há alternativas à renda fixa no mercado brasileiro, que podem compor a aplicação de longo prazo: ações, fundos de ações, fundos multimercado e fundos imobiliários. Franchini destacou que, dentro de cada uma dessas modalidades, há opções mais conservadoras e outras mais agressivas.
Fonte: economia.uol